sábado, 19 de setembro de 2015

Falsários não me atingem.

Quis um dia ser professara de maquilagem, no tal concurso um mestre da banca trocou meus títulos e experiências por sua amante, colocando-a como professora. A prova da vida é respirar, caminha, segura da minha experiência em teatro, peguei um voo para o Panamá na mala poucas roupas e muitos bonecos de títeres, segurando na mão o meu pequeno filho com 2 anos, meu pai falava para eu não levar seu neto, eu pensava que uma mulher abandonada pelo marido e esmagada numa prova em que valia era o sexo,  poderia vencer em outra terra.
Fui lá e fui professora no D.E.X.A.S, uma Universidade do Panamá, eu fui percebendo que aquele céu não brilhava como o do Brasil , já, já, já.  Voltei  com sentimentos lavados.
Como balançava muito o teatro, fui procurar uma oportunidade em Belas Artes, os olhares picantes de minhas colegas não me intimidaram,  estudei desenho, pintura.  Resolvi fazer uma exposição de Xilogravuras,  na véspera o diretor da Galeria do Aluno me barrou,  dei um giro e fui na sala do diretor  da escola que me ofereceu a Galeria Cãnizares foi a exposição mais badalada,  até Osmar Macedo fundador do Trio Elétrico estava entre os convidados, sou mesmo a rainha vermelha.
Caramba, depois dei mil liberdades do ponto de partida. Desenhar figurinos era mais seguro, não iria sair de cena,  pedi minha remoção para Escola de dança, varrendo em passos da dança, muitos figurinos que foram interrompidos, quando tive de retirar minha Tíreoide que estava maligna,  tive que buscar os deuses:  Tupã,  Iansã,  Oxalá e o meu Deus Supremo.
Voltei num cavalo de Tróia , com poesias, contos, biografia, frases, junto com meu ídolo meu pai, tudo ao meu modo.
Recentemente, uma sobrinha jogou meu livro no chão sem pena.
Ó Cristo tenho meus sentimentos e muita emoção.

Varenka de Fátima Araujo.

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