Albanisa minha musa

 Resolvi passar o carnaval em Salvador, na casa da minha prima Fatima, era um sábado de carnaval, dia 09 de fevereiro de 2013. Quando o telefone tocou minha prima atendeu e imediatamente passou para mim. Era Fadila falava apressada; " Estou no meio da rua pedindo um carro, pois nossa mãe que foi atendida de emergência, esta tendo um AVC, tenho de levar para um hospital  que tenha estrutura e meios para este tipo de doença". Respirei fundo e respondi que ela tivesse calma, pedisse um táxi, que eu iria me encontrar com elas no hospital. Chegamos praticamente na mesma hora. Fadila estava visivelmente abalada, fiquei a noite na cabeceira da cama de minha mãe,que ainda me contou que meu pai me adorava, colocava uma esteira grossa para que eu não colocasse os meus pés no chão. Logo que fez os exames e foi medicada, já era meia noite, ela dormiu e quando acordou estava sem fala, previ o sofrimento. Fadila retorna ao hospital  para revesar comigo, a maratona de três dias. Minha mãe teve alta,mas, não andava, o AVC tem como característica, deixar os músculos e ossos duros, a língua fica preza e a voz não soa. Minha irmã ficou como enfermeira e eu como sua fono, fazendo os exercícios de rosto e impostação de voz, com duas semanas mamãe começa a falar, um passo demorou, pois o fisioterapeuta, consegui para o dia 19 de fevereiro, começou lentamente,depois de um mês começa dar passos arrastando e por duas pessoas segurando, o que me abalou foi ter que passar por tudo, pois meu pai faleceu de um AVC. Não quero perder minha mãe.
Sempre amei meus pais e nunca estive preparada para perde los para o o vazio.

Varenka de Fátima Araújo