segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dueto:Desespero!

É uma insônia...o que sinto
É o desespero mudo que o peito despedaça,
E oblitera a razão!
Desamparou-me a crença...
O mais precioso escudo!
Abandonou-me a fé...
Meu único bordão!
Pegaram-me no encalço,
Os tormentos de Orestes
Como que em redor de mim.
Tudo se descombra!
Sorrio como Lear,
Louco despedaçando as vestes
Ouvindo como Hamlet,
Interrogando as sombras...
Eu, em que tempo esquecerei minhas mágoas?
Que inferno...é tragédia a minha dor?
E assim,obedecendo ao faldário
Hei de entre os homens errar...Triste e esbugalhado Jó
Sem pão e sem carinho...
Orfeu dorido e insano
A carpir e a cantar...

Francisco Chagas Araújo (Meu pai)

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É uma insônia ...que me invade
É um desepero ensurdecedor,que estraçalha o coração
Afeta a minha razão
Não consigo entender o por quê de estar tão só
O meu precioso escudo ainda tenho
A minha fé e a religião
Não virão ao meu encalço
Os tormentos de Orestes
A loucura de Lear
Ao despedaçar suas vestes
Nem tão pouco um Hamlet
Vivendo as sombras.
Orfeu dorme em sonhos eternos
Sinto apenas a angústia de Antígona
A ira contra os atos de Medéia
O suicídio de Ofélia pela rejeição de Hamlet.
Diante de tantos fatos
Ainda me resta a esperança,
Enquanto viver... mudar o percurso desse estado da mente

Varenka de Fátima   Araújo

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