sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A terra do homem

O homem da cabeça oca
O coco cheio de água doce
O mar meu irmão não se mede
No fundo pedras como cemitérios
Um pouquinho menores são os rios
Pode águas doce levar-te a maré
E o rio Amazonas do berço corre para o mar
Os pombos são fiéis, não são como os ratos
Que roem, são delatores muito traiçoeiros
Duma janela cor de palha, não se mede o céu
Nuvens que borrifam do cinza ao azul escuro
Os micos passam procurando galhos de árvores
Mas os astros menores jamais salvarão um torrão de terra.

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