Nesta rua, nesta rua com arvoredo
Tinha uma árvore majestosa
Na sua imensidão cobria a casa da direita
Atravessava até a casa da esquerda
A noite uns quinhentos pássaros
Faziam seus pousos para se abrigarem nos ninhos
Quando o dia raiava, em bandos e revoadas
Antes que o gavião malvados o perseguissem
Sempre um pássaro num galho a cantar
Uns homens ficaram incomodados
O homem com um facão a gopea-la
Ela resistiu, partiu fios, ficou escuro
O homem e com seu facão implacável
Galho por galho no chão
Os pássaros não cantaram
As nuvens escureceram
A atmosfera ficou de luto
Eu chorei, chorei, chorei...
Varenka de Fátima Araújo
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