sábado, 24 de março de 2018

Outra página do meu diário

Meu nome é Varenka de Fátima
Vivo como uma imortal
Imortal é mistura da morte superada
Quase sempre a morte vive me rodando
Sigo brigando e atenta, muito rápida
No inicio foi a fome, matei com trabalho
Avancei sozinha, retirando a causa
Nada mais ao redor, estou só sem minha morte
Ela não pode se vinga em outro
Agora existe um montão de famintos morrendo
Crianças já nascem marcada perseguida pela morte
Os corpos secam no meio da calçada
E, seguem os gritos, uns matam os outros
Para devora-los com mãos de ódio
Uma confidência, papai brigou com a morte
Mas, ela enganou e o levou sem dó, sem piedade.
Sei, somos marcados para morrer ao nascermos.

Varenka de Fátima Araújo



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