segunda-feira, 26 de setembro de 2016

José Galdino

José Galdino sem identidade no meio da feira, naquela época não tinha tanto valor. Um homem era reconhecido por seus dotes e,  sua personalidade valente.
Não se sabe de onde veio e,  de que linhagem, ou, ascendente pertencia.  Uma foto amarrotada pelo tempo,  tinha traços de fidalgo,  pertencia a raça branca,  talvez,  seus antepassados fossem portugueses,  ou,  franceses,  pois aquela região foi colonizada por franceses.
José casou-se com Maria do Espirito Santos,  uma mulher tipicamente de traços exóticos, próprio das brasileiras,  todo ano tinham um filho,  Maria engravidava amamentando,  uns morriam no hora do parto,  outros por inanição,  somando foram 16,  conseguiram sobreviver 6 filhos.  O casal era pobre de Jó,  o mundo sempre foi de quem tem dinheiro.  Ismael,  tinha um dom,  pintava e confeccionava malas,  vendia na feira,  levava a filha terceira da escadinha,  que ajudava vendendo tempero,  o ganho não dava para o sustento da família.  O cérebro é uma caixa de surpresa,  aquele homem começou beber cachaça,  foi o suplicio para família, chegava em casa batendo em sua mulher, restava só água para beberem,  como as cacimbas eram construídas no quintal,  não se pagava água. Pobre homem,  ficou um bêbado e, veio a falecer de cirrose.
Maria,  foi vender na feira,  conseguiu um pedaço de chão,  construiu uma casa com vários quartos, alugava os quartos e foi cuidado dos filhos,  não pode educa-los, às 3 filhas foram vendedoras, e venceram na vida, a filha mais nova faleceu jovem, os 2 filhos varões tiveram o mesmo destino do pai. Os forte são perseverantes, sabem viver.

Varenka de Fátima Araújo

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