Uma mulher vive a duras penas ao relento, cuja a mobília , sua cadeira é o chão, uns sacos enormes, cheios de panos. Essa mulher parece que não esta farta da vida, sempre sorri. Ela dorme embaixo de uma certa cobertura, perto de um quartel. Pela manhã costuma ficar sentada no chão da praça e ao seu redor tantos sacos, está do lado do sol.
Certo dia quando passei para o banho de sol matinal, tomei a iniciativa.
- Bom dia, com tom de alegria.
- Ela, mostrou seu sorriso sem os dentes da frente.
- A senhora tem família?
- Tinha minha mãe, ela morreu, não tenho família.
- A senhora não quer ir para um abrigo, posso procurar um para ser seu lar.
- Não quero, passo uns dias, e logo mandam embora.
- Ahh....A senhora quer umas roupas novas?
- Não preciso, estou costurando uma blusa nova, tenho muita roupa.
Segui em frente, no meu pensamento, aquela senhora tem o rosto de tantas outras mulheres que vivem na rua.
Outro dia estava, a mesma senhora em outra rua, demostra uma segurança.
Sinto que a minha terra estar mudando de visual. Que triste sina do meu povo.
Varenka de Fátima Araújo
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