sábado, 22 de fevereiro de 2025

Carta - Para meu escritor predileto

 Máximo Gorki


Ao meu escritor predileto,


Quando estava lendo o romance de sua autoria "Varenka Olessova", senti uma enorme adoração por tua escrita e, um orgulho misturado com dor por tua biografia. Meu nome Varenka ,meu pai tirou do romance e, que foi passado para mim, tenho como uma a obra mais importante que possuo.


Amargo, muito amarga foi tua vida, apesar de ter vivido no século XX, foste marcada pela história. O regime da Rússia foi o culpado por tua amargura.


A tua avó o meu respeito por ser humilde, que dançava ao som de todos ritmos, colhendo na feira no final do dia, frutos, verduras do chão, juntamente com o pequeno Gorki para fazer uma refeição. Quando tua mãe Varvara faleceu, uma nuvem negra cobriu teu rosto, ainda criança foste trabalhar para o sustento, nada mudava, resolveste correr o mundo, misturado com gente que vivia à margem da sociedade.


Cada desilusão um aprendizado, foi com um cozinheiro de um navio que te forneceu livros, devorador de todo tipo de escrita, foste um escritor autodidata. Não te aceitaram em uma vaga na Universidade que almejaste com fervor.


Ao voltar para tua cidade natal, a fome te devorava, sem um emprego. A fome causadora de tantos danos, foi a mais cruel perseguição em sua vida, tentaste com um tiro no peito tirar tua vida, era o desespero da dor flertando com a loucura. Foi salvo para fazer história, começa a escrever, publica contos, romances.


Como não tinhas outra escolha estuda Max e segue Lênin, uma desavença, começa tuas andanças, não aceito nos Estados Unidos.


Consegue permanência para ficar na Espanha, funda uma grupo especialista em politica, escreve o romance " A Mãe " escreve muito, seus personagens são bêbados, moradores de rua, gente que ele conviveu, sua escrita é linear, atual e, apaixonante.


Voltaste pra Rússia, onde foi preso, escreveste para o teatro a peça "Pequenos Burgueses", sendo encenado naquela época com êxito. Foi solto por pressões de vários amigos influentes.


Exerceste várias nobres profissões como: vendedor, pintor, pescador, marinheiro, escritor de um jornal, desenhava.


Dizem: " Stalin foi seu augos, mandando envenená-lo". Horrorosa sentença para quem não teve nenhuma ajuda do seu país, foste um herói. Mas, o seu engajamento na política era uma ameaça aos que estavam no poder.


Acredito, meu amado Gorki, onde quer que estejas, deve estrar sangrando de tanto padecimento de todos os humildes.


Os países sempre estiveram dividido, sempre em comunismo e capitalismo.


Atualmente o capitalismo é o todo poderoso.


Se aparecer outra alternativa, daqui cem anos, não estarei na terra.


Meu eterno escritor imortal.


Varenka de Fátima Araújo

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