domingo, 8 de abril de 2018

Carta para meu primeiro namorado, TEO

Lá fora o céu do outono
Cá, no clube da ABB
Eu, bailava com meu par
Tu bailavas com outra
A valsa ritmada com os meus passos
Um encontro de olhares em rodopios
Passaste um bilhete

Sou de Barbalha, amanhã estarei te esperando
na praça da Matriz em volta do meio dia, és uma mulher esplendorosa!
Teo, com admiração!

Coração de adolescente dispara rápido
Mão na mão, o amor anuncido
Foram tantas juras de amor
Sem um beijo na boca
Sem os corpos em atritos
Muitos bilhetes e cartas
Com teu segredo nunca revelado

Tua irmã intercedia: Teo nunca casará
Um beijo, um abraço nunca concretizado
Era um enigma, me estigando

Tu, foste um eterno apaixonado nas cartas
Foste para o Recife
Terminando o namoro já com palavras modernas
Um choro abafado me sufocou
Mas, o teu amor era para outro
Soube do carro roubado
Deixando os dois homens nus na estrada

E, eu perdoei, para poder ser irradiando amor
Um homem amar outro homem, era normal em meu pensamento
Naquela época minha mente estava bem à frente do tempo.

Com carinho,

Varenka de Fátima Aarújo





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