domingo, 15 de março de 2015

Para Irmã e sobrinha

Tinha um pensamento que a filha mais velha, depois da morte do pai, tinha a obrigação de conduzir,
suas irmãs e mãe doente com sequelas de AVC, para que a família vivesse unida.
Que importa esse e outros conceitos, ultrapassados por novas gerações. Ficaram desconhecidos e invalidados por pessoas soberbas, mesquinhas, como cadáveres voadores. São três Instituições que por parte admito: A igreja, casa e tumba, que devemos cultivar. O mundo exterior continua assombrando com o capitalismo e uma religião que não existe. E, a doença mortal que vai ser julgada no final é o poder de ter e consumir.
De uma coisa é certa, o resto da minha família está moribunda. Na minha luta de reverter os males da herança física que recebi, não posso tomar conta da minha mãe mas, estive orientando, a irmã vizinha de quatro anos mais nova, que cuidou da mãe por dois anos e abandonou por motivos somente dela. A mãe teve outro AVC e, eu com a irmã mais nova ficamos no hospital durante o tempo de convalescente da mãe, a filha mais nova ficou tomando conta de tudo, casa e bens, juntamente com minha sobrinha, que cuidam da mãe e avó. Era hábito meu visitar minha mãe e, por telefone conversava com minha irmã e mãe quase todos os dias. A minha irmã fazia o papel de Inspetora,para poder ter muito, sem que me desse conta. Por um fio de conversa no telefone, repentina intuição, então percebi que a sobrinha estava esbanjando e pedindo mais. Dei conselhos em vão e fui calminha levar dois leques para minha mãe que o calor está como lavas de Vulcão em erupção, chegando na casa, estava a sobrinha conversando com o segurança.  Entreguei os leques e mostrando como devia usar, então a sobrinha mandou que eu calasse, petulante a moça sem pretendente.Pedi licença, passei, pois ela estava tomando a porta, este foi o meu delito, ela e minha irmã partiram para cima de mim, para baterem, não consumaram a pancadaria, só pela intervenção do segurança. A moça me destratou, jogou meu livro no chão no seu ato delinquente gritava que o livro não prestava, que eu era louca. Fui expulsa da casa da minha mãe.
Este é o motivo que não posso visitar minha mãe, jamis abandonei os meus. Não, e não e não, vão me enlouquecer, tenho resistências e reservas de sobra para sobreviver essa tragédia.
Era o dia 28 de fevereiro de 2015.

Varenka de Fátima Araújo.

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