terça-feira, 4 de dezembro de 2012

MATANDO A SAUDADE DE BUCKJONES


Na década de 80, tudo era mais livre,  dispensava o próprio tempo para ir com minha amiga e irmã de coração Fátima Oliveira , Paula, Fadila, pipocando ou pulando atrás do trio sem medo.
Não era por capricho que insistia em ir em sua direção, gostava de dançar, tinha o meu vizinho e confidente, o criador do trio elétrico Osmar Macedo. 
Eu gostava de pular com meu coração, mas, não entregava para nenhum
cantor, pois o artista sempre gosta do outro. Embora conseguisse apanhar uns poucos amigos, só queria  suspiros e deslizava com os mais encantadores, alternando dia e noite pela a avenida. Naturalmente vinha em cima do Trio do beijo o cantor Netinho, em outro Durval, Morais Moreira.
Paula gritava: " Lá vem a banda mel!" Ficava eletrizada com a voz de Buckjones, com o seu sorriso como uma nuvem macia e uma voz que atinge em plena distância com força,fazendo bater o coração no mesmo ritmo. Hoje o  mesmo riso melodioso que com sua voz atingiu meu ouvido, jamais esquecerei....
Confirmo, no parto toda mãe sente dor, como a terra esta para o Pelô.
No meu balanço vivi em busca da sua harmonia, na sua explosão e milagroso equilíbrio, cantava
para uma multidão, sem que me visse em todo o percurso de uma época tão sadia de bons ventos.
Na sua harmonia dos sons, das cores, da poesia cantada, no uso das palavras adequadas, no brilho do diamante e suavidade, continuo sendo sua fã em dimensões de paz que cai sobre nós, cantor de todo o tempo.

Varenka de Fátima Araújo

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