terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Dodô e Osmar


Primeiro que tudo quero enfatizar  que o ano de 1972 foi de júbilo para nossa família. Meus  pais compraram uma casinha branca no alto do Bonfim, uma casa com jardim e um pomar, era o sonho concretizado. Como vizinhos tinha um comerciante rico e duas casas mais na frente uma mansão, com piscina,moveis luxuosos, as pessoas alegres e muito som vinha ao nosso favor. Minha mãe se apresentou, fez amizade com a dona da casa e conheceu o seu esposo um senhor de imediata cordialidade, compreensivo, inteligente!  Dono de uma metalúrgica e tocava divinamente.
Que alegria! Foi uma enorme surpresa, nem imaginávamos que o nosso vizinho se chamava Osmar Macedo era  fundador do trio e pau elétrico,  em serestas ou em cima do trio tocava com seu amigo inseparável Dodô, que também foi nosso vizinho.
No aniversário de minha mãe Maria  Albanisa, fizeram uma seresta animadíssima, minha mãe entusiasmada dizia: “Meu vizinho Osmar é um gênio!”
Hoje minha mãe com 76 anos, comenta com respeito: “Que tempo bom que não volta mais."
Osmar tinha  sete filhos, Aberto, Armandinho, Aroldo e André,  lindos e talentosos! E mais a Ritinha,  Jarbas e Taiane,  belos e maravilhosos!
Cresci ouvindo música de primeira qualidade e uma amizade de carinho e deslumbramento por Osmar, fiquei conhecendo como surgiu o pau elétrico.
Comprovado  com o depoimento de seu filho Betinho: " No ano de 1942, Osmar entra numa loja que vendia instrumentos musicais e pega um  violão e pergunta: “Este é um violão de boa qualidade e forte?”
O vendedor: respondeu: “É sim, senhor, muito forte.”
Osmar  com o violão bate na quina da mesa e quebra.
O vendedor.  “ O senhor quebrou o violão.”
Osmar, retira  o pau com as cordas, paga, sai apenas com o pau.Com um adaptador,o instrumento tocava com um som vibrante, apelidaram  de Pau Elétrico.
Depois de varias sessões de ensaios incontáveis, Osmar e Dodô e mais um amigo saíram num carro tocando, o povo atrás dançando.
Em 1950 em cima de um carro que chamavam de fubica  tocavam  três músicos, de partida da  Rua Chile, desceram  a Avenida Sete e o trio com o som mais baixo do que hoje era uma sensação por onde passava.
Os filhos cresceram, ouvindo e tocando.
O Armandinho,  um talento nato, ganha prêmio, em destaque, faz sucesso!
Os irmãos: Alberto, Armandinho, Aroldo e André no vocal,  começam a tocar em cima do trio,  já com transformações na acústica.
Na década de 1980,  Osmar apenas acompanhava o trio,  não tocava mais e Dodô já tinha falecido.  Mas, que eles ficaram imortais,  disto Osmar e Dodô se foram sabendo.
Aqui fica o registro de uma fã,  inconfundível da família Macedo.

Varenka de Fátima Araújo



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