sexta-feira, 25 de maio de 2018

Ai, nas calçadas

Era cedo, ou, tarde, talvez
onde um homem esgotada da vida
estirado sobre um papelão no chão
a cada passo como na amrelinha
em outro quadrado, na mesma posição
um amargurava o peito, com mão estendido
mais um passo no terceiro quadrado
um crânio tremendo, acenando
não era normal nesta via, pode cre
está tão banal uma vida, aqui
no estado que estão, um suspiro será o último
são tantos iguais, na profundeza do nada.

Varenka de Fátima Araújo



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