quinta-feira, 25 de maio de 2017

Sarau da Onça

Na volta
uma cidade cemitério
os estampidos das armas
os gritos dos jovens poetas
o mesmo sangue, sangue
o vermelho que não para
todos fingem que estão seguros
trancados em suas casas
os políticos sem o mínimo de boa vizinhança
o vidro mostrava uma paisagem
no túnel uma mulher com sacos
na cabeça, em uma mão, na outra mão
os mendigos passeiam em alta noite
uma rodadinha como se estivesse
em Paris de Victor Hugo sem saída
ruas e becos escuros passavam
força de vontade de lutar
eu sei, não é fácil, meu jovem
continua sendo difícil o sacrifício
os poetas estão fazendo sua parte
Não! Não! Não é sina
os poetas estão mostrando seu tempo.
Varenka De Fátima Araújo

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