domingo, 5 de fevereiro de 2017

Um homem disfarçado.

De tempos em tempos, Margarida faz seu passeio matinal, segue para Araújo Pinho para colocar em ordem pendências. Como sempre anda pela calçada, encontra com um homem alto escuro com roupas de tons: branco e preto sentado na calçada  com um giz na mão desenhado na calçada.
Entretanto aquele homem estingava a mulher, ela circulando seu desenho que olhando rapidamente parecia, um macaquinho que às crianças, em seu  tempo gostavam de brincar. Mas..., não era um macaquinho, não tinha o céu. Depois de cinco minutos, ele levantou a mão, pediu uns reais.
Os olhos de Margarida quase pulavam, então o senhor quer dinheiro para quê?
Não senhora, não posso falar.
Margarida inconformada..., ah, vou te dar dinheiro, não possa saber como o senhor vai usar...., dinheiro não cai do céu, o meu é do meu suor, fica com seu céu seu mendigo.
Não sou mendigo, sou arquiteto.
Ela, examinou bem o desenho, percebeu que era uma plante de um edifício
Luz, giz, cimento, concreto, esqueceu o que falou para o homem, colocou uns reais em sua mão.
Fatos inexplicáveis perseguem este homem, tem consciência do que faz, ele lê jornais, não é um pedinte qualquer, nesta terra tão rica.

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