segunda-feira, 4 de abril de 2016

Uma cidade não é o Mundo

Acorda
Vem abraça a cidade
Toda restaurada

Eu não fiz,não fiz nada
Passei o tempo correndo, sem fumar cigarro brabo
Sem poder parar para contemplar o por do sol
Sem poder pegar uma criança no colocar no colo

Da porta da entrada e saída
Nada pude vislumbrar, ela estava sempre sisuda
Uma cidade do grafite para o preto, com mistérios de séculos
E, o povo negro foram quebrando esses padrões apodrecidos

Estou hoje certa, que fiz pouco como mulher
Sofro com o descaso de certos homens de terem o poder
Não vale o poder sem amor, sem um pouco de dignidade, com dinheiro rasgado
Estou hoje certa que a luta será por muito tempo, estou quase desconjuntada
Olha, não somos mais saudados com um caloroso aperto de mão
Nem um abraço de amizade que não se paga e não mata saudades
Somos vencidos com deslealdade e ganancia de serem os melhores
Não existe os melhores, somos todos iguais perante um punhado de terra.

Da janela que não mente
Vejo uma cidade toda reformada
Esqueceram de ajustarem os parafusos das mentes com preconceitos
Com  tanta distinção de raças, cerdos e gêneros
Da minha escrita de nada ou pouco restará, são rabiscos sem regras
Se às traças estão sempre destruindo os papeis
Vou seguindo tentando mostrar que somos tão vulneráveis, que não restará nada.

Varenka de Fátima Araújo









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