terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Gonçalves Dias

Gonçalves Dias


Sete horas da manhã
Abro janelas e portas
Um céu cinzento fere a vista
Palmeiras  raquíticas sem verde
Os sábias num canto sem som
E o vento seco varre sem fronteiras

É pitoresco este cenário
Rios com manchas pretas
Corem para o mar, uma tragédia
Uns sem sustendo de uma desgraça
Águas que vestem a terra  desbotadas

Que abrem fendas como cemitérios
Eu recomponho meu corpo ardente
Nas cores que aquecem vibrantes
Estou hoje convencida, nesta desdita
Gonçalves Dias se estivesse aqui
Pavoroso seria  sentir,dorme poeta

Varenka de Fátima Araújo

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